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O projecto que lhe mostramos hoje é dedicado a todos os amantes da natureza das paisagens e lugares magníficos que o nosso país nos oferece! Uma moradia na Estremadura, apta a receber uma família numerosa e todos os seus amigos, desenhada pelo arquitecto André Pintão – um jovem arquitecto, formado pela Universidade Lusíada de Lisboa em 2002, que trabalhou em vários ateliês desde então, incluindo o atelier Bugio, A.As Arquitectos Associados e PMC Arquitectos, onde adquiriu experiência nas várias fazes de projecto. Sempre sonhou em ter uma casa de férias onde possa passar uns dias longe da confusão e os stresses do dia-a-dia? Um lugar onde pode descansar e passar bons momentos com a família e amigos? Então vai com certeza adorar este projecto! Venha conhecer.
Apesar da sua área, de quase 500 m2, esta moradia tem a capacidade de se tornar bastante discreta no meio onde se insere. Com apenas um piso e um perfil extremamente horizontal e rasteiro, o volume branco ganha destaque mas respeita o caracter natural da envolvente. O acesso faz-se através de um caminho rural, ladeado por pinhais e vinhedos que fazem a riqueza da região. À primeira vista o projecto é surpreendente e define-se pela proporção de formas e pelo branco luminoso da construção, visualmente encostada aos verdes da mata autóctone. Entre árvores, arbustos e flores pintam-se os jardins com cores discretas ou vibrantes.
A moradia conta com dois planos principais: são eles que dão mote à organização funcional da casa, um erguido em pedra da região e o outro rebocado a branco. Por um lado, este que vemos na fotografia, aponta-nos o lugar de entrada principal, e do lado oposto, voltado ao vale, um outro muro branco, que acolhe a zona exterior em deck, com a piscina, como vai poder ver já de seguida. Para além da expressão visual que se reflecte no exterior da moradia, são estes alinhamentos que organizam o programa interior: de um lado, a zona social com hall de entrada, salas de estar e jantar, cozinha, um escritório, áreas de arrumo e uma garagem; à esquerda da entrada ( do muro em pedra), desenham-se as zonas privadas com três quartos e uma suite.
Transposto o portão, compreende-se o modo de ser do povo da estremadura; recatado e acolhedor. Os tais muros de pedra e alvenaria branca resguardam a habitação e os haveres familiares dos elementos naturais e de olhares alheios, delimitando pátios, recintos quase esquecidos da arquitectura tradicional portuguesa, onde se acolhe e encaminha quem chega, para o interior. Já a ligação ao jardim e piscina é natural e desejável, já que daqui se contempla um cenário deslumbrante: colinas e moinhos de vento recortam-se na linha do mar, visto ao longe. Perto, bem mais perto, vestígios do Calcolítico, no Castro do Zambujal, convidam a um passeio.
Conceitos, materiais e técnicas contemporâneas de construção criam um interior amplo e funcional.
A área privada dispõe de quatro quartos que aproveitando a orientação solar nascente/poente, dela beneficiam em luz natural, garantida por rasgados vãos. A área social conjuga espaços de estar e de lazer, de trabalho e de refeição; quer em espaço mais amplo, onde a circulação se faz harmoniosamente, ou mais restrito, pelo uso de portas deslizantes. No geral, os interiores são marcados pelo uso da madeira enquanto revestimento principal: pavimentos em soalho de madeira, portas e alguns painéis são também em madeira. Repare nestas paredes laterais em ripado de madeira que definem um dos corredores, garantindo ainda assim a iluminação natural.
Ainda que a madeira predomine enquanto material nos espaços interiores, também a pedra que vimos num dos muros exteriores, junto à entrada, surge de novo numa das paredes interiores conjugada na perfeição com a madeiras e paredes brancas.
Para terminar, fazemos questão de lhe mostrar um pequeno pormenor desta moradia. Na casa-de-banho da suite, o arquitecto optou por dedicar algum tempo e desenho especial à banheira! Veja como esta, aparece envolta em madeira, numa espécie de espaço livre de pudores!
